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07/06/2023

Servidores rejeitam proposta da Prefeitura de Campinas e entram em estado de greve

Segunda mesa de negociação foi marcada pela garantia do pagamento de bônus da Educação e 20% do ARV para a GM


O Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Campinas (STMC) informa aos servidores e aposentados que a segunda mesa de negociação com a Prefeitura de Campinas apresentou alguns avanços para a categoria. Entretanto, o governo manteve os 4,18% de reajuste salarial que foi rejeitado em assembleia realizada na sede do STMC. A categoria aprovou o estado de greve. Uma nova mesa está marcada para o dia 14 de junho.

Depois de muita luta e discussão da Direção do Sindicato, o governo avançou no pagamento do bônus da Educação no valor de um salário-base. Também foi proposto pela Prefeitura a aplicação dos 20% restantes referentes aos 45% de Adicional de Risco de Vida (ARV) da Guarda Municipal (GM) dividido em duas vezes - 10% neste ano e 10% em 2024. Lembrando que já foram aplicados 25%. O ARV de 45% é uma promessa de campanha do atual prefeito Dario Saadi.

O governo ofereceu ainda 10% de aumento no vale-alimentação e no auxílio-nutricional. Entretanto, a Administração Municipal manteve a proposta de 4,18% no reajuste salarial e das aposentadorias.

"Sabemos que há espaço para o governo avançar na proposta de valorização dos servidores e aposentados. Vamos lutar pelos direitos dos trabalhadores. Teremos uma nova mesa de negociação no dia 14. Tivemos alguns avanços nessa mesa como a garantia do bônus da Educação e o ARV da GM. Mas não dá para aceitar 4,18% de reajuste e 10% de aumento nos vales", disse o coordenador-geral do STMC, Tadeu Cohen Paranatinga.

A coordenadora, Claudia Bueno, afirmou na assembleia com a categoria que o índice de 4,18% é inaceitável. "Na própria mesa de negociação, informamos que o índice é inaceitável. Adiantamos ao governo que não concordaríamos com a proposta e colocaríamos em votação na assembleia", afirmou.

O coordenador do STMC, Lourivam Valeriano de Souza, ressaltou que o governo precisa fazer justiça social e valorizar os servidores. "Vamos exigir que o governo valorize os trabalhadores. A mesa de negociação é sempre dura e nós continuamos a nossa luta", disse.

Durante a assembleia, diretores e conselheiros do Camprev se colocaram contra a proposta que foi aprovada nas plenárias pelos servidores e aposentados da criação de uma lei que permita empréstimos consignados pelo Instituto de Previdência.

A Prefeitura de Campinas garantiu que vai pagar a primeira parcela do 13° salário no dia 30 de junho. Também já havia sido proposto na primeira mesa que o governo vai fazer uma lei para a redução da carga horária de trabalho de servidores e servidoras responsáveis diretos por crianças, jovens, adultos e idosos com deficiência. Uma minuta de projeto de lei será enviada para a Câmara de Vereadores até julho para adequar a legislação municipal a acórdão do Poder Judiciário.

A assembleia foi transmitida por live nas redes sociais e no canal do YouTube do STMC. Tadeu Cohen reforçou que as próximas assembleias continuarão a ser realizadas na Sede do Sindicato.

 

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